EXPOSIÇÃO | NA LINHA DA LUZ

Apresentação da Obra
Fernando Salsa sofre um aneurisma cerebral em 2019
Enquanto o seu coração deixa de viver por uns poucos minutos, o artista viaja no seu interior: através das suas células paradas momentaneamente, no meio do Cosmo, por entre as árvores de todas as florestas do planeta Terra, nas profundezas dos oceanos, por todas as galáxias do Universo…
Ao regressar desta viagem metafisica, e durante o seu internamento no hospital e seu recobro, o artista continua a aventurar-se no seu inconsciente: sente-se ser três pessoas em simultâneo, e contacta divindades que desconhecia.
É deste modo que, depois da sua total recuperação, sentiu o desejo de partilhar a sua experiência através da pintura. Utilizou, entre outros materiais, água, diluente, tinta acrílica e de esmalte, que se moldaram em perfeita harmonia nestas telas.
Esta exposição apresenta cores fortes e luminosas com ritmo dançante a viajar pela tela ou papel, convidando o visitante a seguir viagem às profundezas das suas emoções, deixando a liberdade a qualquer um de escolher o seu caminho, na linha da luz.

Apresentação Biográfica
Fernando Salsa. Lisboa, 1956.
Fernando Salsa, desde criança que tem gosto pelo desenho, e durante a sua juventude desenvolve técnicas e traço a seu gosto. Tenciona fazer do desenho, da ilustração e das artes plásticas a sua profissão, contra a vontade de seus pais que não acreditavam que “desenhar uns bonecos pudesse dar dinheiro” mais-querendo que o filho fosse engenheiro.
Ainda assim, estudou na Escola de Artes Decorativas de António Arroio, em Lisboa, (Curso Geral de Artes Visuais – 4 anos; Curso Complementar de Artes Gráficas – 2 anos; 12º ano Área de Artes Plásticas – 1 ano).
Foi professor de Educação Visual (Ensino Oficial) em escolas publicas em Almada, Barreiro e Seixal por alguns anos. As Páginas Amarelas foram o seu ponto alto, onde trabalhou por muitos anos enquanto designer e ilustrador, até se reformar.
Paralelamente, Fernando Salsa foi fundador do grupo AMARTE (Movimento de Artes Plásticas e Visuais) entre 1988 e 2009 juntamente com os artistas Carlos dos Reis, José Chambel e Eduarda Costa Ferraz, realizando exposições em espaços de interesse cultural, hotéis, galerias, entre os quais: Páteo Alfacinha (1988), Hotel Ritz (1988), Mostra de Artes Plásticas ITT (1990, 1991), Teatro da Trindade (1991), Teatro Maria Matos (1991), antigo Hotel Penta (1993), Padrão dos Descobrimentos (1995), Chapitô (1996), Caves Velhas em Bucelas (1998), Espaço CAOS – Quadrante em Loures – (1998), Espaço OIKOS em Lisboa (1998), Hotel Sheraton (1996, 2000), Museu da Água – Reservatório da Patriarcal – (2002), Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha (2004), Galeria de Arte Matos Ferreira (2009).
A particularidade destas exposições, nas suas inaugurações, é de integrar animação intercultural, com música, dança, poesia e teatro.